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Leia o seguinte excerto de Memórias póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis:
Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante.
Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da
vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será
corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá
de graça aos vermes.
(Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo:
Ateliê Editorial, 2001, p.120.)
Na passagem citada, a substituição da máxima pascalina
de que o homem é um caniço pensante pelo enunciado “o
homem é uma errata pensante” significa
a) a realização da contabilidade dos erros acumulados na
vida porque, em última instância, não há “edição
definitiva”.
b) a tomada de consciência do caráter provisório da
existência humana, levando à celebração de cada
instante vivido.
c) a tomada de consciência do caráter provisório da
existência humana e a percepção de que esta é
passível de correção.
d) a ausência de sentido em “cada estação da vida”, já
que a morte espera o homem em sua “edição
definitiva”.

Resposta Correta:

c) a tomada de consciência do caráter provisório da
existência humana e a percepção de que esta é
passível de correção.

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