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Quando eu falo com vocês, procuro usar o código
de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não pode ser
aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa
aquele primeiro contato. Da mesma forma que o Brasil de
hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas
com diferentes sobrenomes. Vieram para cá asiáticos,
europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A
importante pergunta que nós fazemos é: qual é o pedaço
de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos?
Ou é o nome da sua rua? O nome da sua praça? Enfim,
vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês.
Para nós, o importante é que vocês olhem para a gente
como seres humanos, como pessoas que nem precisam
de paternalismos, nem precisam ser tratadas com
privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós
queremos compartilhar esse Brasil com vocês.
TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais.
Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).


Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a
norma padrão da língua portuguesa é empregada com a
finalidade de

A) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa
língua materna.
B) situar os dois lados da interlocução em posições
simétricas.
C) comprovar a importância da correção gramatical nos
diálogos cotidianos.
D) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas
à língua portuguesa.
E) ressaltar a importância do código linguístico que
adotamos como língua nacional.


Resposta Correta:

B) situar os dois lados da interlocução em posições
simétricas.

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